sexta-feira, 22 de julho de 2011

Palmeiras comemora 60 anos da Copa Rio de 1951

Há exatos 60 anos, no dia 22 de julho de 1951, o Palmeiras era campeão da Copa Rio. Ou seria o título do primeiro Mundial Interclubes? A discussão da validade daquela conquista ainda persiste e deve se prolongar por mais tempo. Se para os torcedores dos outros clubes o torneio tem pouca importância, para os palmeirenses o campeonato vale como uma verdadeiro Mundial, independentemente da aprovação ou não da Fifa.

“Eu me sinto campeão mundial, sem dúvida. Representamos o Brasil e ganhamos dos melhores times daquela época. Sem desmerecer o Corinthians e o São Paulo, mas eles disputaram o título deles contra quem?”, disse o goleiro Oberdan Catani, lenda do clube alviverde nas décadas de 40 e 50.

O torneio - A competição foi organizada pela CBD (antiga CBF) um ano depois de o Brasil ter perdido dentro do Maracanã a final da Copa do Mundo de 1950 para o Uruguai, com o objetivo de levantar o moral do brasileiros depois da frustrante derrota em casa. Com a autorização da Fifa e patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro – por isso o nome de Copa Rio - , o torneio contou com oito equipes campeãs e seus respectivos países: Olympique de Nice ( França), Estrela Vermelha (Iugoslávia), Juventus (Itália), Nacional (Uruguai), Austria Viena (Áustria), Sporting Lisboa (Portugal), Vasco e Palmeiras (Brasil).

Time do Palmeiras de 1951 na final contra a Juventus, no Maracanã
Crédito da imagem: Gazeta Press
Após se classificar em segundo lugar em um grupo com Juventus, Nice e Estrela Vermelha, o Palmeiras passou pelo Vasco nas semifinais e superou na decisão a Juventus, para quem havia perdido na primeira fase. No primeiro jogo da final contra o time italiano, vitória palmeirense por 1 a 0, no Pacaembu, e depois empate por 2 a 2, com gols de Richard e Liminha, com mais de 100 mil pessoas no Maracanã, resultado que deu o título aos brasileiros.

“Foi uma maravilha. Nós jogávamos pelo empate no Maracanã, mas estávamos perdendo a partida. Empatamos na última hora contra uma grande equipe do Juventus, muito melhor do que o time de hoje. A torcida no Rio de Janeiro nos apoiou bastante. Foi uma grande festa, uma conquista muito importante”, contou Oberdan.

Pela dimensão da Copa Rio na época, a festa do título foi de fato grande, digna de um Mundial. Os campeões desfilaram em carro aberto no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Memórias de Oberdan – A campanha da conquista palmeirenses não foi feita só de bons momentos. No terceiro e último jogo da primeira fase, o Palmeiras foi goleado pela Juventus, por 4 a 0, dentro do Pacaembu, derrota que custou a posição de titular de Oberdan Catani. Para as semifinais e finais, o goleiro foi substituído pelo reserva Fábio.

“Infelizmente, eu não participei da final. Nosso time foi muito mal naquela derrota para a Juventus no Pacaembu. Foi um vexame, uma vergonha. Me criticaram bastante, mas todo o time jogou mal e sobrou para mim. O Juvenal (zagueiro) foi uma calamidade, pelo amor de Deus, ele jogou muito mal. Depois, o treinador me tirou do time, e o Fábio foi muito bem. Ainda bem que nosso time conseguiu se recuperar e vencer a Juventus na final”, lembrou Oberdan, garantindo que, apesar da saída da equipe, o grupo era uma “família”.

O palmeirense Canhotinho com a taça de campeão
Crédito da imagem: Gazeta Press
Imbróglio com a Fifa – O grande desejo dos palmeirenses sempre foi que a Fifa reconhecesse oficialmente o título mundial de 1951. Desde 2001, dirigentes trabalharam nesse sentido e entregaram um dossiê à entidade que comanda o futebol mundial buscando a oficialização daquela conquista.

“Fizemos um trabalho no formato de um mestrado, com toda a documentação para mostrar à Fifa que o Mundial de 1951 foi legítimo. O torneio tinha todas as características de um Mundial de Clubes, bola da Fifa, arbitragem organização. Fizemos uma pasta com artigos de jornais, depoimentos de atletas ennvolvidos na época, não só nosso jogadores, mas de outros clubes também. Enviamos esse trabalho para os membros do comitê executivo da Fifa”, contou Roberto Frizzo, atual vice-presidente do Palmeiras, e um dos responsáveis pela elaboração do pedido à Fifa.

O jornal 'Gazeta Esportiva' estampou 'Palmeiras campeão do mundo' na época
Crédito da imagem: Reprodução

O Palmeiras cita diversos fatos para mostrar a importância da Copa Rio: a imprensa nacional e internacional deu ampla cobertura à competição, o Campeonato Uruguaio de 1951 foi suspenso surante o mês de julho para que o Nacional pudesse disputar o torneio; o vice-presidente da Fifa, Ottorino Barrasi, fez parte da organização e entregou o troféu ao campeão, entre outros.

Em março de 2007, o Palmeiras recebeu um fax da Fifa, assinado pelo então secretário-geral Urs Linsi, enfim reconhecendo o clube como campeão do mundo de 1951. O fato foi bastante celebrado pelo time alviverde e divulgado pelos jornais. No entanto, a entidade recuou da decisão e em dezembro do mesmo ano confirmou o Corinthians como o primeiro campeão mundial interclubes, em 2000. O pedido do Palmeiras levou outros clubes a exigirem o mesmo direito – o Fluminense, pela Copa Rio de 1952, e o Santos, pela Recopa Internacional de 1968.

Projeto de oficialização segue vivo - Apesar da mudança de posição da Fifa, Roberto Frizzo garante que o Palmeiras ainda não desistiu de tentar a oficialização do título. O dirigente ainda diz que o clube nunca foi comunicado pela entidade de uma nova decisão quanto ao assunto.

“A Fifa reconheceu o título e na sequência não se falou mais disso. No site na internet, eles colocaram depois só os times que conquistaram títulos mundiais nessa fase contemporânea, mas nunca falaram mais nada par a gente. Nunca mandaram nada falando que voltaram atrás na decisão. Mas esse é um assunto que eu tenho vontade de retomar, estou esperando o momento estratégico para reconduzir isso da melhor maneira. De qualquer forma, para mim o Palmeiras é o primeiro campeão mundial da história”, disse Frizzo.

por Tiago Leme, para o ESPN.com.br

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tabu permanecido!

Patrik e Maikon Leite comemoram o terceiro gol palestrino

Desde 2006, o Santos não vence o Palmeiras em campeonatos brasileiros. De lá pra cá, são 5 vitórias e 4 empates para nostra squadra.  

Desta vez, exageramos na dose: o Palmeiras ganhou por 3 a 0, digamos uma quase goleada, que não poderia ser maior e nem menor, pois como disse Felipão, as poucas chances de gol que surgiram foram aproveitadas.

O Santistas podem reclamar que jogaram sem os principais jogadores como Neymar, Ganso, Elano... Tudo bem.  Mas, proporcionalmente, o Palmeiras também esteve desfalcado de Kleber, Valdívia e Thiago Heleno. O fato é que, talvez motivados pelo caso Kleber e incentivados pelos líderes dos grupos, os jogadores do Palmeiras entraram em campo como se disputassem uma final de Campeonato, fazendo da superação uma arma mortal para o Santos.

Dono de um primeiro tempo excelente, o Verdone já liquidou ali o jogo. Com gols de Maikon Leite, Maurício Ramos e Patrik, sacramentamos o clássico nos primeiros 45 minutos.

O Palmeiras provou que há vida além de Kleber. Mas que saiba que não se enfrenta um Campeonato apenas na base da superação.

 Guilherme Sette

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Já vai tarde...

"Michael Jackson" como era conhecido, estava emprestado ao Palmeiras

O Fluminense acertou nesta quinta-feira a venda do atacante Adriano Michael Jackson para o Dalian Shide, da China, por aproximadamente 3 milhões de dólares (cerca de R$ 4,5 milhões). O jogador, que tinha contrato com o Tricolor até dezembro de 2014, estava emprestado desde o início da atual temporada para o Palmeiras graças à negociação que levou o volante Edinho para as Laranjeiras. No Campeonato Chinês, ele será rival do argentino Conca, que vai defender o Guangzhou Evergrande.

Dono de 16% dos direitos econômicos do jogador, o clube das Laranjeiras terá direito a R$ 720 mil. Pela rescisão do contrato de empréstimo, o Palmeiras levará cerca de R$ 150 mil. Já o América, clube pelo qual Adriano se destacou no Campeonato Carioca do ano passado, era dono de 36% dos direitos do atacante e lucrará R$ 1,6 milhão.

Adriano, de 23 anos, chegou ao Fluminense após o Carioca de 2010, mas nunca vestiu a camisa tricolor. Emprestado ao Bahia para a disputa da Série B da mesma temporada, o atacante se destacou com 15 gols na campanha que levou o clube baiano de volta à elite do futebol brasileiro. No início de 2011, ele foi envolvido na negociação que viabilizou a contratação do volante Edinho pelo clube das Laranjeiras e assinou contrato de empréstimo por um ano com o Palmeiras.

No Verdão, Adriano disputou 24 jogos e marcou seis gols. A despedida do jogador será nesta quinta-feira, contra o América-MG, às 21h (de Brasília), na Arena do Jacaré.

Guilherme Sette